sábado, 21 de maio de 2011

AI TEM UMA MÃO DE QUATRO DEDOS!




Bandalheirão. Mais um crime de “lesa a pátria”.


O Corinthians não tinha garantias suficientes para bancar um financiamento do BNDES para construir o estádio da abertura da Copa 2014. Assim sendo, assinou um pré-contrato em agosto de 2010, cedendo à Odebrecht os naming rights do estádio por R$ 335 milhões. Ou seja, a empreiteira poderia vender a uma empresa o direito de batizar a arena. Se a receita superasse os R$ 335 milhões, o excedente ficaria com o clube. Por outro lado, caso o valor não fosse alcançado, a agremiação deveria ressarcir a construtora. Risco zero para a Odebrecht.



A composição financeira seria a seguinte: o estádio custaria R$ 700 milhões, dos quais R$ 400 milhões ficariam por conta da construtora, que poderia adquirir a linha de crédito de R$ 400 milhões oferecida pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). Os outros R$ 300 milhões viriam de incentivos fiscais da Prefeitura. Obviamente que a garantia da Odebrecht para o BNDES será o próprio estádio. Ou seja: risco zero de novo.


Hoje o UOL publica que o orçamento do estádio subiu de R$ 700 milhões para R$ 1,07 bilhão. Ou seja, o orçamento da Odebrecht aumentou exatamente o valor dos tais naming rights. Antes de começar, a obra já tem um sobrepreço de mais de 30%. Ontem o corintiano Lula deu palestra paga para a Odebrecht, no Panamá. Ele ganhou U$ 200 mil, segundo estimativas da imprensa por uma hora de papo furado. Aqui no Brasil, a Odebrecht quer faturar mais R$ 300 milhões, da noite para o dia. Obviamente que, se o Corinthians não vai pagar, a Odebrecht não vai botar o seu em risco, quem vai pagar é o contribuinte. No caso, o contribuinte paulistano. Desse jeito, o nome do estadio não deve ser Itaquerão. Deve ser Bandalheirão.

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